Vitamina D parece influenciar a fertilidade feminina

Existe, hoje, uma epidemia de deficiência da vitamina D. Vários estudos têm demonstrado a ligação da deficiência e da insuficiência da vitamina D com muitas doenças crônicas, sobretudo dos sistemas cardiovascular e endócrino.
Visto que as células do ovário, do endométrio e até da placenta têm receptores para a vitamina D, hipotetiza-se que esta vitamina possa ter impacto sobre o sucesso da reprodução humana e sobre a gravidez.
Alguns estudos apontam que a relação da vitamina D com o sucesso reprodutivo tenha a ver com a receptividade endometrial e com sua influência no processo de maturação folicular (lembrando que, o folículo é o “cisto onde se encontra o óvulo”).
Baixas doses da fração ativa da vitamina D (1,25 di-hidroxi-vitamina D) têm impacto na sobrevivência dos folículos pré-antrais (imaturos) e altas taxas dessa fração ativa têm impacto no diâmetro (tamanho) folicular. Assim, uma boa maturação e crescimento dos folículos (folículogênese) parece ser dependente de uma dose mínima necessária de vitamina D a nível ovariano. Isso parece evidenciar que a relação da vitamina D com foliculogênese, talvez, seja mais complexa, existindo uma relação entre a expressão de receptores da vitamina D em diferentes fases da foliculogênese.
Então, com a prevalência da deficiência da vitamina D no mundo, torna-se importante a determinação do seu impacto clínico no desenvolvimento folicular e na maturação oocitária (dos óvulos). Por tudo isso, é preciso cuidar melhor da saúde geral para que possamos maximizar os resultados reprodutivos.
Texto escrito pela Dra. Lilian Serio, especialista em Medicina Reprodutiva, Diretora Clínica da Fertibaby Ceará.
Fonte: Thomas Jefferson University of Philadelphia –  Fertility and Sterility – ASRM (American Society for Reproductive Medicine), Dezembro de 2016.

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