Vitamina D interfere nos resultados da Fertilização in Vitro?

vitamina d 2 2018

Há anos, pesquisa-se sobre os efeitos da deficiência ou insuficiência da vitamina D na fertilidade humana. Diversas pesquisas evidenciaram, ao longo da última década, efeitos negativos dos baixos níveis de vitamina D na fertilidade de homens e mulheres. Hoje, existe uma recomendação e uma tendência em se repor e manter adequados os níveis de vitamina D nos casais que estão tentando engravidar ou que se submeterão a tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).

Parece que baixos níveis de vitamina D estão associados a problemas na implantação placentária, aumentando riscos de pré-eclâmpsia e de restrição de crescimento fetal intrauterino, porém outros efeitos negativos ainda são desconhecidos.

Esta ano, mais uma pesquisa demonstrou a importância desse controle. Pesquisadores da Universidade de Birmingham, nos EUA, avaliaram a associação entre os níveis de vitamina D e os resultados em ciclos de fertilização in vitro (FIV).

Neste estudo, a taxa de gravidez química (teste de gravidez positivo), a taxa de gravidez em curso e a taxa de nascimentos de crianças vivas foi de 34%, 46% e 33% maior, respectivamente em mulheres que apresentavam por ocasião da FIV níveis normais de vitamina D quando comparadas com mulheres com deficiência ou insuficiência desta vitamina. Porém, não foram encontradas diferenças entre as taxas de abortamento. Essa pesquisa fez uma revisão de vários estudos anteriores e demonstrou que existe uma associação entre os níveis de vitamina D e os resultados nos tratamentos de medicina reprodutiva. Todos os resultados mostraram que os déficits da vitamina D podem ser determinantes e devem ser tratados antes dos ciclos de reprodução assistida.

Realmente, é preciso ter uma atenção especial, não só aos níveis de determinados nutrientes, como a vitamina D, mas sobretudo a bons hábitos alimentares e de vida.

Fonte: Human Reproduction, ESHRE (Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia), Janeiro de 2018.

Texto escrito pelo Dr. Daniel Diógenes. Especialista em Medicina Reprodutiva. Diretor Técnico da Clínica Fertibaby Ceará.

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