Vitamina D é a resposta para previnir miomas?

vitamina dOs miomas uterinos são os tumores pélvicos mais comuns em mulheres em idade fértil, podendo causar sangramentos irregulares, dores pélvicas e infertilidade, além de perdas recorrentes e complicações gravídicas. São a principal causa de histerectomia (retirada cirúrgica do útero) e hospitalizações ginecológicas, com um tremendo impacto econômico e na saúde da mulher. O custo anual para tratamento das complicações associadas aos miomas passa dos 34 bilhões de dólares nos EUA. Prevenir é, portanto, preciso, mas como? Todos os tratametos atuais incluem cirurgias ou procedimentos para quando a doença já existe, está avançada e em curso.

Sabe-se que mulheres negras têm um risco maior de desenvolver miomas que mulheres brancas, acha-se que isso se deva a uma maior deficiência de vitamina D nessas mulheres, pois devido a cor escura da pele haveria uma maior dificuldade de se absorver os raios ultravioletas, responsáveis pela transformação da vitamina D na pele.

Alguns estudos têm demonstrado uma relação entre a deficiência de viatmina D e o surgimento e crescimento de miomas. A associação parece existir, muito embora a relação de causalidade não esteja definida ainda. Estudos em animais demonstraram que a vitamina D inibiria o crescimento das células miomatosas e promoveria a apoptose das mesmas (morte celular programada). Embora, existam essas pesquisas experimentais, ainda faltam dados suficientes para indicar a vitamina D como tratamento para miomas em humanos.

A vitamina D seria um tratamento promissor, efetivo, seguro e de baixo-custo, mas sua eficácia em humanos ainda precisa ser estabelecida.

A prevençãp primária e o tratamento precoce é o objetivo. Uma terapia barata, segura, com baixa incidência de efeitos colaterais e eficiente terá um grande impacto na saúde e na fertilidade de milhões de mulheres. Pesquisas ainda são precisas, mas quem sabe não estejamos diante de uma solução simples e eficiente.

Texto escrito por Lilian Serio, médica especialista em Medicina Reprodutiva, membro da Clínica Fertibaby Ceará.

Baseado em uma pesquisa publicado pelo Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Johns Hopkins, na Fertility and Sterility, a revista mensal da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Setembro de 2015.

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