Óvulos e sua Fertilidade Intrínseca

Como definir exatamente a fertilidade de um único óvulo? Como estabelecer essa relação para uma mulher que busca uma gravidez espontânea? Seria difícil, se não impossível estabelecer esta relação, visto que naturalmente não há como se ter um controle absoluto da ovulação e da presença do óvulo nos meses de tentativa de uma gravidez, em um casal sem problemas de infertilidade.
Baseado nestes dados, pesquisadores japoneses e americanos, estudaram a capacidade fértil individual de um óvulo em ciclos de fertilização in vitro “naturais”, isto é, se uso de medicações para estimular os ovários, usaram assim o único óvulo de um ciclo natural.
Os dados mostraram que a fertilidade do óvulo diminui muito pouco até os 34 anos (perda de cerca de 10% da fertilidade, desde o nascimento), pulando para 20% de perda aos 36 anos e 90% aos 42 anos. Numa média de 10% de perda ao ano, entre as idades de 34 e 42 anos. Essa queda fica mais lenta após os 43 anos, permanecendo o óvulo com 3%, 2% e menos de 1% de sua capacidade fértil aos 45, 46 e 47 anos, respectivamente.
Outro dado interessante mostrou que aos 35 anos seriam precisos 4 óvulos para se ter o nascimento de uma criança viva, aos 37 esse número seria de 5 óvulos, aos 38 de 6, aos 39 de 9, aos 40 de 11 e aos 42 de 22 óvulos. O que demonsta uma queda progressiva da capacidade fértil com o avançar da idade.
Nem mesmo técnicas de alta complexidade, como e fertilização in vitro (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) são capazes de superar os efeitos ruins da idade do óvulo.
A recomendação é buscar engravidar sempre antes dos 35 anos ou preservar a fertilidade, por meio do congelamento de óvulos, antes desta idade.
Fica o alerta!!!
Fonte: MIT (Massachusetts Institute of Technology), Infertility Center of St. Louis, EUA e Kato Ladies Clinic, Tokyo, Japão, Maio de 2017.
Texto escrito pela Dra Lilian Serio, Médica Especialista em Medicina Reprodutiva, Diretora Clínica da Fertibaby Ceará.

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