Outubro Rosa – Pensar na Preservação da Fertilidade é Fundamental

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O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele. A campanha do Outubro Rosa lembra que, somente no Brasil, mais de 57 mil mulheres por ano são atingidas pela doença, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Além de todo o sofrimento causado pelo árduo tratamento, mulheres com diagnóstico oncológico ainda correm o risco de desenvolverem falência ovariana prematura (menopausa precoce) e, com isso, perderem completamente a reserva de óvulos, impedindo-as totalmente de engravidar.

As técnicas de congelamento de óvulos e de ovários (tecido ovariano) são opções que trazem esperança às mulheres que, após a cura da doença, desejam recuperar a fertilidade, afetada por tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia.

O ideal em caso de diagnóstico de câncer é fazer os dois procedimentos, já que nenhum tipo de preservação de fertilidade garante totalmente uma gravidez futura. Mesmo ainda sendo considerada uma técnica experimental, com apenas cerca de 60 nascimentos no mundo realizados a partir dela, o congelamento de tecido ovariano (ovários) pode permitir à mulher voltar a produzir hormônios normalmente após o tratamento do câncer. Em termos de saúde e bem-estar, fazer o reimplante dos ovários é a melhor solução.

Para gravidez, o congelamento de óvulos é, hoje, a melhor opção, além de ser uma técnica já consagrada, não sendo mais considerada experimental.

É preciso pensar, sempre, na preservação da fertilidade frente a um diagnóstico de câncer. Oncologistas, ginecologistas e urologistas devem, sempre, estar atentos e propor a preservação da fertilidade antes da realização de uma quimioterapia e radioterapia.

As pacientes devem ser alertadas sobre a possibilidade da preservação antes que seja tarde demais. Infelizmente, muitas pacientes só se atentam para essa questão após o fim do tratamento do câncer, quando, infelizmente, é tarde demais.

Preservar a fertilidade é fundamental e fará a diferença num futuro não muito distante. O alerta está dado e deve ser passado, consistentemente, para todas as mulheres que enfrentarão a luta contra o câncer, seja o de mama ou de qualquer outro tipo.

Fonte: Inca (Instituto Nacional do Câncer). SBRA (Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida). ASRM (Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva). ESHRE (Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia). Outubro de 2018.

Texto escrito pelo Dr. Daniel Diógenes. Especialista em Medicina Reprodutiva. Sócio-Diretor da Clínica Fertibaby Ceará.

 

 

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