Ômega 3 x Endometriose

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O conhecido ômega 3, um conjunto de ácidos graxos poliinsaturados e essenciais (que não são produzidos pelo corpo), são as “gorduras boas” fundamentais para todas as células do organismo e exercem um papel fundamental, incluindo a produção de energia, o aumento do metabolismo e do crescimento muscular, o transporte de oxigênio, o crescimento normal das células, o bom funcionamento das funções nervosas e de regulação hormonal, além de ser um potente antioxidante.
Esse conjunto de ácidos é formado pelo ácido alfa-linolênico, que é transformado em nosso corpo em seus metabólitos ativos e realmente importantes para nós, o EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenóico).
Nos últimos anos, vários estudos têm comprovado que uma boa ingestão de ômega 3 previne doenças cardiovasculares, devido entre outros fatores ao seu forte poder antiinflamatório.
Essa propriedade antiinflamatória é considerada o seu principal benefício, contribuindo para a prevenção de todas as doenças que estejam relacionadas a processos inflamatórios no corpo, como artrite e artrose, por exemplo.
Estudos sugerem, também, que o corpo com baixas concentrações de ômega 3 tem uma aceleração do processo de envelhecimento o que aumenta a probabilidade de desenvolvimento de várias doenças degenerativas e cardiovasculares.
Os alimentos mais ricos em ômega 3 são os peixes de águas profundas, como salmão, arenque, atum e sardinha. Outras boas fontes são : chia, linhaça, espinafre, rúcula, castanha do Pará e nozes.
Em um estudo realizado na Universidade de Vanderbilt, no Tennessee, nos Estados Unidos e publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), em fevereiro deste ano, foi evidenciado mais um efeito positivo do ômega 3.
O estudo foi realizado em cobaias (ratos) e demonstrou que uma dieta com uma maior quantidade de ômega 3 (seja pela ingestão de alimentos ricos em ômega 3 ou pela suplementação dietética) diminuiu a formação de aderências pélvicas após procedimentos cirúrgicos para a retirada de lesões de endometriose.
Aderências são cicatrizes que podem acontecer em qualquer tipo de cirurgia e que estão intimamente associadas à dor crônica, no caso da endometriose, dor pélvica crônica, um dos principais e devastadores sintomas da mesma.
A infertilidade também está diretamente ligada à endometriose, tanto pela presença da patologia em si, como pelas aderências pós-cirúrgicas que podem distorcer completamente a anatomia pélvica, dificultando mais ainda as chances de gravidez.
Assim, os efeitos antiinflamatórios do ômega 3 parecem inibir a formação de aderências ligadas à endometriose.
Apesar de ser um estudo experimental, em cobaias, podemos estar diante de mais um efeito benéfico dos ácidos graxos essenciais.
Esperemos estudos futuros, mas, mais uma vez, vemos que uma dieta balanceada e rica em ômega 3 só nos trás benefícios.

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