Hiperprolactinemia e Endometriose – Descobertas Recentes

Em recente estudo num dos mais renomados jornais de medicina reprodutiva do mundo, Fertility and Sterility, uma publicação da ASRM (American Society of Reprodutive Medicine), foi evidenciado que medicações utilizadas para o tratamento de hiperprolactinemia (uma alteração endocrinológica que produz em excesso o hormônio prolactina, que é responsável pela produção do leite no pós-parto e que fora deste período pode provocar dificuldade para engravidar ou infertilidade) podem ter efeito benéfico em diminuir ou fazer desaparecer lesões pélvicas de endometriose, uma doença relacionada com dor pélvica crônica e infertilidade também.
O grande beneficio seria utilizar essas medicações como controle da endometriose, podendo usá-las por longos períodos, sem causar efeitos colaterais de hipoestrogenismo (queda dos níveis de estrógenos, efeito colateral presente em algumas drogas utilizadas para tratar a endometriose). Servindo, assim, como mais uma opção para o tratamento a longo prazo de uma doença que ainda não possui a droga ideal para seu controle e tratamento.
Essas drogas utilizadas no tratamento da hiperprolactinemia são agonistas dopaminérgicos, ou seja, estimulam a liberação da dopamina, um hormônio que inibe o excesso de prolactina e que inibe a proliferação de vasos sangüíneos na lesão por endometriose. Assim, com a diminuição da irrigação sangüínea, as lesões não recebem suprimento adequado e diminuem ou simplesmente desaparecem.
Essas descobertas ainda são recentes, mas importantes e promissoras, como uma nova alternativa de tratar e controlar a endometriose e assim diminuir a incidência de dores pélvicas crônicas e reduzir as taxas de infertilidade, surgindo como uma possível alternativa futura para tratar uma das principais doenças relacionadas à infertilidade, a endometriose. Contudo, serão necessários novos estudos para confirmar e determinar a real utilidade destas drogas no futuro.

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