Fertilidade: Termômetro da Masculinidade?

No último dia 15 de julho, foi celebrado o Dia Nacional do Homem. Mais uma vez, diversas instituições promoveram campanhas pela conscientização da saúde integral masculina. Mesmo que muitos paradigmas já tenham sido superados e que com o avanço da sociedade em termos de acesso à informação, já tenhamos subido alguns degraus rumo à plena elucidação do conhecimento, ainda pairam sobre nós inúmeros preconceitos sobre o cuidado do homem com seu próprio corpo, incluindo a saúde fértil.
Para muitos, a visita regular ao médico ainda é negligenciada e representa uma falsa fragilidade. As consultas com o urologista continuam sendo adiadas, o que faz o câncer de próstata ser a segunda doença que mais mata homens no Brasil. Problemas como impotência e infertilidade são omitidos. A ajuda de um especialista só é procurada quando o problema é agravado. Essa cultura prejudica a cura do paciente, o avanço da medicina e da sociedade. A infertilidade é um problema de saúde como outro qualquer, mais comum do que se imagina, que pode ser tratado e revertido e, dessa forma, deve ser visto como tal e não como um parâmetro de virilidade masculina.
Não raro, aliás, o mais frequente são os casos em que mulheres procuram sozinhas, as clínicas de fertilidade, quando observam dificuldades de engravidar, descartando previamente e erroneamente a possibilida dp problema estar no seu parceiro.
É passada a hora de acabar com os pré-julgamentos. Homens, também, devem e precisam ser examinados para se obter a origem do problema, quando um casal não consegue gerar um filho. Não há nada de vergonhoso em procurar ajuda. Vexatório é ser preconceituoso.
Fonte: Vivências e experiências diárias do dia-a-dia da Medicina Reprodutiva.
Texto escrito pela Dra. Lilian Serio, Especialista em Medicina Reprodutiva, Diretora Clínica da Fertibaby Ceará.

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