Estresse pode diminuir as Chances da mulher engravidar

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O estresse pode se refletir em cansaço, tontura, alergias, gastrite e até mesmo dificuldade para dormir, mas o que os especialistas em medicina reprodutiva alertam é como o estresse está intimamente relacionado às taxas hormonais que afetam diretamente as funções do ovário e podem diminuir as chances das mulheres engravidarem, tudo isso porque essa resposta emocional está ligada à produção de hormônios, afetando diretamente as funções do corpo.

Uma pessoa sob constante estresse, por exemplo, pode ser afetada por várias reações neuroquímicas que impedem o corpo de reagir a influências externas que viriam a prejudicar o organismo. O estresse interfere na liberação do hormônio luteinizante (LH), considerado gatilho para a ovulação. É o pico de LH que desencadeia a ovulação. Se esse hormônio está bloqueado, a ovulação não se dá, e, sem ovular, também, não se tem a gravidez.

O estresse pode prejudicar, também, os tratamentos de medicina reprodutiva, como a fertilização in vitro. A falta do hormônio luteinizante também é problemática porque altera a capacidade do  útero perceber a fertilização como uma coisa boa, o que faz com que seja mais difícil de se manter a gravidez.

Em casos de ansiedade e estresse excessivos, o ideal é que a mulher que esteja tentando engravidar busque o auxílio de uma equipe multidisciplinar para entender a causa das irregularidades no organismo e no psicológico, a fim de que o sonho de ser mãe seja concretizado.

Estresse e ansiedade atrapalham muito a busca pela gravidez, seja naturalmente, seja por tratamentos de reprodução assistida.

Fonte: Human Reproduction. Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Maio de 2019.

Texto escrito pelo Dr. Daniel Diógenes. Especialista em Medicina Reprodutiva. Diretor-Técnico da Clínica Fertibaby Ceará.

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