Depressão e Fertilidade

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Com o aumento dos casos de depressão nos dias atuais, o uso de antidepressivos torna-se algo cada vez mais comum.
Sabe-se que quadros depressivos estão associados à uma diminuição da fertilidade, tanto feminina quanto masculina. Mulheres com depressão ovulam menos e com pior qualidade, homens com esta patologia tendem a produzir espermatozóides mais lentos, com mais  defeitos e em menor quantidade, assim torna-se importantíssimo tentar encontrar uma forma de tratamento que ajude este grupo específico.
Existem fracas e poucas evidências científicas que demonstram que mulheres inférteis com depressão se beneficiariam do uso de antidepressivos para atingir uma gravidez.
Entretanto, algumas evidências mais fortes mostram uma redução na eficiência dos tratamentos para infertilidade em mulheres usando antidepressivos, além de um aumento nas taxas de perda gestacional, nascimentos prematuros, complicações gestacionais e até alterações de comportamento na prole.
Para tentar elucidar essas diferenças, pesquisadores da Universidade de Harvard publicaram no começo deste ano um estudo na Human Reproduction (Jornal da ESHRE – Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia) onde demonstraram que o uso de antidepressivos durante a gravidez está associado a maiores chances de abortamentos, malformações fetais, nascimentos prematuros e problemas no desenvolvimento neurológicos dos filhos.
Além disso, o estudo não demonstrou evidências de aumento das taxas de gravidez nos tratamentos de reprodução assistida em mulheres depressivas e em uso dessas medicações.
Esse estudo demonstrou, ainda, que o uso de terapias alternativas, como: psicoterapia, atividade física e yoga diminuem os sintomas depressivos e devem, portanto, ser indicados como alternativas no tratamento de mulheres inférteis e com depressão. Apesar deste estudo ter avaliado especificamente mulheres, podemos, logicamente, imaginar que esses tratamentos alternativos também possam trazer melhores benefícios para os homens depressivos.
Considerando que a depressão é uma das doenças mais comuns do século XXI e muito prevalente nas mulheres que apresentam dificuldades para engravidar, esta pesquisa nos ajuda a tentar achar a melhor solução para se atingir uma gravidez saudável nesse grupo peculiar de mulheres inférteis que é cada vez mais comum.

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