Criopreservação de Espermatozóides

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O congelamento de sêmen é uma técnica amplamente utilizada e bem eficiente, vem sendo utilizada desde a década de 1940. Consiste no uso de crioprotetores especificos que permitem o armazenamento por período indeterminado em nitrogênio líquido.
A Criopreservação Seminal tem o objetivo garantir a fertilidade de homens que irão se submeter a procedimentos que irão afetar a produção de espermatozóides, como: quimioterapia, radioterapia e  câncer de testículo (lesão do DNA do espermatozóide e diminuição e até extinção definitiva da produção espermática). Pode ser utilizado também em casos de ausência do homem no dia da punção dos óvulos (dia em que se precisa realizar a fertilização em si) e em casos pré-vasectomia (desejo ou dúvida futura sobre paternidade) e quando os espermatozóides são obtidos por punção testicular ou do epidídimo (azoospermia), nesses casos esses procedimentos são realizados antes de qualquer procedimento de fertilização in vitro, com o intuito de verificar a presença de espermatozóides nessa regiões, em casos positivos, os espermatozóides podem ser congelados para o futuro.
Além disso, o congelamento de espermatozóides é muito utilizado para os bancos de sêmen de doadores, que possuem amostras de doadores anônimos congeladas e que podem ser utilizadas em técnicas de reprodução assistida, para ajudar casais em que o homem apresenta graves alterações no sêmen, como nos casos de azoospermia (ausência de espermatozóides do ejaculado).
Os crioprotetores têm a função de evitar danos celulares causados pelo processo de criopreservação e descongelamento, que são a desidratação e a formação de cristais de gelo intracelular. O congelamento na maioria das vezes é realizado a partir do sêmen ejaculado, mas também podem ser congelados espermatozóides provenientes diretamente do epidídimo ou do testículo.
As técnicas são as mesmas utilizadas com embriões, isto é, congelamento lento e o rápido. O congelamento rápido é realizado em três fases, na primeira o sêmen é colocado em um freezer a uma temperatura de – 20 ºC, na segunda fase as amostras são colocadas em suspensão em vapor de nitrogênio líquido onde são resfriadas até alcançar uma temperatura de – 80 ºC e na terceira e ultima fase as amostras são colocadas diretamente em nitrogênio líquido onde ficarão armazenadas a – 196 ºC até o momento da sua utilização em técnicas de reprodução assistida. O congelamento lento é um método onde as taxas de congelamento são controladas através da utilização de uma congeladora programável.
Até metade dos espermatozóides podem ser lesionados ou destruídos durante o processo de criopreservação e descongelamento. Quando o congelamento de espermatozóides é feito a parir de amostras obtidas diretamente do epidídimo ou testículo, estas taxas podem ser mais baixas, podendo após o descongelamento não apresentarem nenhum espermatozóide móvel, isto pode ser  solucionado com a incubação dos espermatozóides em meio estimulante antes do procedimento de ICSI.

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