Atividade Física versus Fertilidade Masculina

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Essa é uma questão que vem sendo estudada há anos, especialmente em atletas. Resultados anteriores mostram uma relação negativa entre atividades físicas extenuantes e fertilidade masculina, sobretudo quando se usa como parâmetro o ciclismo profissional.

Em recente estudo realizado na Universidade de Harvard e publicado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, foi avaliado o risco de alterações na fertilidade masculina de não atletas com relação à atividade física, tendo, assim, uma comparação mais próxima da realidade de todos nós.

Não foi encontrada nenhuma relação entre a prática diária de atividades físicas e a diminuição ou aumento da fertilidade masculina, exceto para o ciclismo.

Evidenciou-se que homens que pedalam mais de cinco horas por semana apresentaram uma diminuição na quantidade de espermatozóides e uma diminuição na velocidade de movimentação desses espermatozóides, ou seja, mais de cinco horas de pedalada por semana levou a espermatozóides em menor número e mais lentos. Este fato deve-se provavelmente à compressão exercida pelo selim (banco da bicicleta) na região genital e pelas temperaturas maiores nesta região devido ao uso de vestimentas específicas para o ciclismo.

Esses resultados se aproximam dos já alcançados anteriormente, quando análises e pesquisas foram feitas em grupos de ciclistas profissionais.

Esta pesquisa mostra mais uma vez como os fatores ambientais podem e interferem na nossa fertilidade. Existem diversos fatores que podem contribuir para uma diminuição da fertilidade tanto masculina quanto feminina. Resta-nos tentar atingir um equilíbrio em nossas atividades diárias, ou seja, tentar ter hábitos de vida saudáveis, uma dura tarefa no corre-corre dos dias atuais.

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