Atividade Física e Qualidade Seminal

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Várias pesquisas apontam uma drástica redução da qualidade dos espermatozóides (seminal) desde o final do século passado até a primeira década do século XXI.

Acha-se que as causas são multifatoriais, como: o estilo de vida, a epidemia da obesidade, o aumento da idade paterna, a queda da qualidade da dieta e as mudanças na prática de atividades físicas. As pesquisas são contraditórias quando tentam relacionar atividade física com qualidade seminal. A maioria estabeleceu uma relação deletéria (ruim) entre atividades físicas extenuantes em atletas e uma queda da qualidade seminal, entretanto pouco se sabe sobre a realização de atividades regulares em pessoas que não são atletas profissionais e a fertilidade masculina.

Baseado nestas evidências, foi realizada uma pesquisa na Universidade de Murcia, na Espanha e os dados foram publicados na Fertility and Sterility, a revista da ASRM (Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva), em outubro de 2014.

Foram avaliados homens jovens, entre 19 e 22 anos, que realizavam pelo menos cinco horas de atividade física semanal, de moderada a forte intensidade.

Não foram encontradas evidências negativas da atividade física com qualidade seminal. Sugerindo que existe uma diferença que depende da intensidade dos exercícios. A maioria dos estudos têm avaliado atletas e homens que já apresentavam infertilidade e sugeriram que o ciclismo pode influenciar negativamente a concentração espermática e que em atletas pode haver uma diminuição na movimentação e forma dos espermatozóides.

Um outro estudo, realizado nos EUA, demonstrou efeitos positivos da atividade física moderada com maiores concentrações espermáticas (maior número de espermatozóides).

Em resumo, a prática de atividade física moderada, com duração de até cinco horas por semana, não alterou os parâmetros seminais em homens jovens, ou seja, parece que o equilíbrio é sempre a melhor opção e mais dados são necessários para se estabelecer uma conexão específica.

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