Análise Genética Pré-Implantacional e Riscos Futuros

pgd

O PGD (diagnóstico genético pré-implantacional) é, hoje, uma ferramenta que pode ser utilizada na detecção de anormalidades genéticas de embriões antes dos mesmos serem implantados no útero nos ciclos de fertilização in vitro. Essa técnica pode ser utilizada para evitar a transmissão de problemas dos pais para os filhos, quando um dos pais apresenta alguma alteração genética ou quando se quer diminuir o risco de malformações fetais em casais de risco, como em mulheres acima de 40 anos, por exemplo. O PGD consiste em se realizar uma “biópsia” do embrião (retirada de uma parte do embrião), que será analisada geneticamente.
Entretanto não se sabe quais os efeitos deste processo a longo prazo, isto é, nas crianças e adultos frutos de embriões em que se fez o diagnóstico genético pré-implantacional.
Pensando nisso pesquisadores italianos, norte-americanos e poloneses realizaram uma pesquisa e publicaram seus dados na Human Reproduction, a revista da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, no último mês de setembro.
Esses pesquisadores avaliaram as consequências da biópsia embrionária (retirada da célula do embrião para realizar o PGD) em embriões de ratos machos.
Os embriões que foram submetidos ao PGD apresentaram maior ganho de peso após o nascimento e diminuição de alguns reflexos, mas não apresentaram diminuição de suas habilidades de comunicação e nem capacidade de reagir a situações de estresse.
Assim eles concluíram que o PGD pode ser fator de risco para alterações neurológicas e metabólicas. Logicamente esses dados precisam ser confirmados em seres humanos, mas serve de alerta para que tenhamos cautela com o uso das novas tecnologias na medicina reprodutiva.
O PGD deve ser encarado como uma alternativa para casos de casais sabidamente afetados por alterações genéticas, mas tem que ser muito bem avaliado antes de ser utilizado para a maioria dos casais.
Há que ser ter muita cautela com o uso de tantas e novas tecnologias.

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